quinta-feira, 27 de março de 2014

PESTO À GENOVESA FEITO NO PILÃO

Pesto à Genovesa feito no pilão


O tempo foi passando e fiquei mais de um ano sem escrever. 
Quando criei o blog foi porque  gosto muito de compartilhar receitas simples e que faço no dia a dia. 

Encontrar tempo para a família, trabalho e tudo o que a vida moderna requer de uma mulher é já um desafio e, nos últimos meses, o meu tempo ficou bem curto. 
O 2013, para mim, foi um ano muito movimentado.
Um ano de coisas boas e que me lembrarei com muita alegria. 
O 2014 iniciou bem complicado e bem menos alegre do passado, como se este constante desafio quisesse me desafiar ainda mais. 
Mas eis me aqui roubando um pouco do meu precioso tempo para dedicar à vocês esta receita que me segue desde de pequena: o Pesto à Genovesa. Uma tradição genovesa e de família
Em Gênova, bi anualmente, acontece um campeonato muito particular: O pestochampionship.
Onde 100 concorrentes de todo o mundo competem em golpes de pilão na preparação do pesto genovês de acordo com métodos tradicionais e usando ingredientes autênticos e genuínos. 

O concurso está aberto à todos: profissionais, amadores e curiosos na cozinha.
A concentração dos competidores onde o silencio é substituído  pelo som dos batimentos nos pilões de mármore, o perfume característico dos ingredientes e os óleos essenciais de manjericão que são liberados durante o batimento e que envolve o salão durante a manifestação è alguma coisa de especial.  
Deixo aqui as fotos que fiz em um treinamento de Pesto à Genovesa onde uma escola de cozinha organizou, em ocasião do 5° Campeonato Mundial de Pesto à Genovesa feito no pilão que acontecerá dia 29/03/2014.

Foi uma manhã  muito divertida onde cada um levou o velho pilão de casa ( em quase todas as casas de Gênova se encontra um) e se aventurou na velha tradição genovesa.
Aproveito, também, para deixar à vocês o endereço do site do campeonato e  da  receita em português.
Se um dia passarem por Gênova não deixem de experimentar esta delicia.
E quem sabe se, um dia, um de vocês não  participará  da competição. 
Se assim for os meus desejos de muito sucesso.



Esmangando o alho e os "pinoli"
























Alho e "pinoli" esmagados



Amassando o manjericão 























Todos concentrados

Começando a virar "pesto"



Adicionando os queijos parmesão e sardo e o azeite
Pesto feito


"Trofiette" com pesto




domingo, 6 de janeiro de 2013

Bolo Rei






Este ano , para o dia dos Reis Magos, preparei o Bolo Rei.
Um doce tradicional  português das festas natalícias.
A Lenda, a História e a Tradição deste doce foi o que me convenceu a prepará-lo
Passo para vocês um pouco do que descobri sobre ele:
O Bolo Rei é inspirado na Galette des Rois, o Bolo do dia de Reis dos franceses.
Chegou a Portugal no final do século 19, por meio da região da Estremadura.
Mas foi popularizado pelas doceiras de Lisboa e Porto.
O Bolo do Dia de Reis, como era chamado antigamente, leva frutas cristalizadas, uvas passas, nozes, amêndoas picadas e dois mimos: uma fava e um presente.
Ambos portam presságios ingênuos - e não são para comer.
Quem receber a fava na sua fatia de bolo, terá sorte no ano e pagará o Bolo Rei do próximo 6 de janeiro. Quanto ao presente, habitualmente um rei ou uma rainha de louça, trará riqueza a quem o encontrar.

Vamos à receita?

Ingredientes: 


  • 1 kg de farinha
  • 50 g de fermento de padeiro
  • 200 g de leite
  • 200 g de margarina ou manteiga
  • 200 g de açúcar
  • 150 g de frutas cristalizadas 
  • 150 g de uvas passas
  • 150 g de frutos secos ( nozes, avelãs ,pinoli)
  • 6 ovos
  • raspa de 1 limão
  • raspa de 1 laranja
  • 1 decilitro de vinho do Porto
  • 1 colher de sobremesa de sal
  • 1 brinde (opcional)
  • 1 fava (opcional)



Pique metade das frutas cristalizadas (deixe a outra metade inteira para enfeitar)  e deixe-as a macerar, juntamente com as uvas passas, no vinho do Porto.
Dissolva o fermento de padeiro em 200 g de leite morno, junte a 1 xícara  de farinha e deixe a levedar em ambiente temperado durante 15 minutos.
Sucessivamente bata a margarina, o açúcar, e as raspas de limão e laranja, junte os ovos (batendo um a um), e a massa de fermento. Quando tudo estiver bem ligado adicione o resto da farinha e o sal. Amasse até ficar elástica e macia e misture as frutas cristalizadas e as frutas secas. Molde a massa numa bola, polvilhe com farinha e cubra a massa com um pano, deixando levedar num ambiente morno durante 2  a 3 horas. Depois da massa dobrar o volume, ponha sobre um tabuleiro e faça-lhe um buraco no meio. Introduza o brinde (embrulhado em papel vegetal) e a fava, e deixe levedar mais uma hora. Pincele o bolo com gema de ovo, enfeite com frutas cristalizadas inteiras, torrões de açúcar, pinhões, meias-nozes, etc, e leve a cozer em forno bem quente(170°C) por cerca de 40 minutos.  Depois de cozido, pincele o bolo-rei com geleia diluída num pouco de água quente e polvilhe com açúcar de confeiteiro

Nota: O uso de colocar a fava e o brinde foi proibido em Portugal.
Com esta receita preparei um Bolo Rei de tamanho médio e dois pequenos.

Bom apetite!




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Folhas de ouro




Cozinhar, para mim, é um prazer, uma paixão! É o meu  modo de relaxar e de oferecer carinhos às pessoas que amo. Mas, com a vida  caótica que  levamos hoje em dia,  as receitas astutas, as soluções rápidas e com o mínimos dos esforços é  obrigatório! Aqui vai uma receita saborosa e que vai impressionar os comensais. 
A receita é uma variação do bife empanado. A diferença está na espessura do bife que deve ser bem fino, come um carpaccio. Deve ser  escolhida uma carne macia e  que não seja  gordurosa. Outra diferença, que vai dar aquele toque de requinte à receita, é  que não se empana  somente com farinha de roscas mas misturando-a com amêndoas moídas
Então vamos à receita?

Ingredientes: 
para 4 pessoas
  • 200g de bifes cortados finos como carpaccio
  • 2 punhados de amêndoas
  • 6 colheres de sopa de farinha de rosca
  • 2 ovos 
  • sal à gosto
  • óleo para fritar
  • rúcola ou alface e tomates cerejas para decorar e servir
Corte o carpaccio em pedaços  pequenos. Os bifes não devem ser nem muito grossos e nem muito grandes para que a fritura possa ser rápida de modo que eles fiquem bem cozidos no interior e, não  se queimem na superfície,  pegando assim  uma cor dourada. 
Pique grosseiramente as amêndoas e junte com a farinha de rosca e com um pouco de sal.  As amêndoas não devem ser  moídas completamente em farinha mas sim deixando-as com alguns pedacinhos. 
Bata os ovos e mergulhe  neles os bifes , em seguida,  passe-os  na mistura de farinha de rosca com amêndoas. Empane todos os bifes. 
Frite-os  em óleo quente por um tempo muito curto. Escorra a folhas de ouro sobre papel absorvente. Apresente-os sobre uma salada de rúcula ou de alface e tomates cereja.
Bom apetite!

domingo, 22 de julho de 2012

Clafoutis de pêssegos



O clafoutis, ou Clafouti, é uma sobremesa feita com cerejas pretas incorporadas em uma pasta, semelhante à das panquecas, preparada com  açúcar, ovos e leite.
O clafoutis é um  doce simples e fácil de  se preparar e è considerado o doce da ultima hora. 
Na França as mulheres que preparam os clafoutis são chamadas de "clafouteuses".
Há muitas variações, com diferentes tipos de frutas: peras, maçãs, damascos, pêssegos, e  outros, e também com a adição de frutas secas.
O clafoutis de pêssegos é uma variante deliciosa deste doce francês, originário da região de Limousin,  
Aproveitei que havia em casa muitos pêssegos brancos e preparei uma  versão onde usei-os  em fatias mergulhados em uma massa com sabor de vinho Marsala. Marsala é um vinho licoroso com Denominação de Origem Controlada (DOC) produzido na Sicília na cidade de Marsala.
Então  vamos à receita!


Ingredientes:
   Para 4 a 6 pessoas:

  • 500g de pêssegos
  • 3 ovos
  • 50 g de farinha de trigo
  • 100g de açúcar 
  •  1 copo de leite
  • um pitada de sal
  • 1 colher de chá extrato de baunilha à gosto
  • 2 colheres de sopa vinho Marsala se gostar (pode ser também: licor  de amaretto, ou rum, ou Brandy, ou conhaque)
Ligar o forno a 180°C. 
Untar com manteiga  uma assadeira, de preferência circular, de cerca 23 cm de diâmetro. Polvilhe, sobre a manteiga, uma ou duas colheres de açúcar. Lave e descasque os pêssegos. Tire a semente e corte e fatias grossas. 
Coloque em uma tigela a farinha e o açúcar. Adicionar os ovos e bater bem até tudo ficar bem amalgamado. Quando você obter uma massa lisa, adicione uma pitada de sal, colher de chá de extrato de baunilha, e se gostar, o vinho Marsala. Adicionar o leite, em fio, enquanto continua mexendo. 
Disponha os pêssegos em fatias na assadeira. Despeje sobre eles a massa  que acabou de preparar.
Asse por  cerca de 40 minutos ou até que um palito saia limpo e a superfície estiver dourada.
Polvilhe o clafoutis com açúcar e coloque-o de novo no forno com o grill  para caramelizar o açúcar na superfície.
O clafoutis, geralmente, é servido morno e na própria assadeira em que foi assado.
Bom apetite!



















terça-feira, 17 de julho de 2012

Rocambole de mussarela



Aqui vai uma outra receita muito simples e  ótima para o verão pois, além de ser fresca , não precisa do fogão para ser preparada. Pode ser servida como entrada ou como mistura junto com uma  salada.
Se a  folha de mussarela for de Búfala  o prato irá ficar mais delicioso. Eu em geral uso como recheio a "Bresaola".
Agora vou ter que fazer uma pausa!
O que é a Bresaola?  É um tipico produto italiano de carne bovina seca muito magra, curada no sal por 10 dias, e curtida por 4 semanas. Produzida na região da Valtellina, no norte da Itália,  é rotulada com a etiqueta IGP (indicação geográfica protegida), que indica que é produzida numa zona especializada, que determina sua qualidade, reputação e características.
Uma minha amiga sempre me fala que a Bresaola é parecida com a carne de sol do Brasil. 
Através da  Terra Magazine , em uma reportagem do dia 1 de fevereiro de 2008, descobri que este produto Made in Italy tem um coração brasileiro pois  é feito com a carne do zebu brasileiro. 
Então entendi porque é assim delicioso. Coração brasileiro e preparação italiana. Um casamento perfeito! 
Vamos voltar à receita. 
Usei uma folha de mussarela. Não deve ser muito fácil de achar mas talvez se encontre em algum supermercado  bem fornecido. Também procuraria no mercado nas bancas especializadas em queijos. Eu, aqui na Itália, encontro em supermercados mas compro em lojas especializadas na venda de queijos pois a qualidade é bem melhor. Usei a Bresaola, mas pode ser presunto cru ou presunto cozido e o prato vai ficar, também, muito gostoso. Usei um queijo cremoso de cabra,  tipo Président, ma  pode ser usado  outro tipo como por exemplo o Philadelphia ou requeijão.  Aconselho, também, fazer um rocambole com gosto de pizza, usando tomates picados ( sem as sementes) ou tomate seco e temperado com pouco sal e orégano.  para perceber que esta é uma outra receita versátil, pois no momento que se tem a folha de mussarela, o recheio pode ser variado à gosto de cada pessoa.
Então vamos à receita?


Ingredientes:

  • uma folha de mussarela
  • um maço de rúcola
  • 60g de Bresaola em fatias
  • 200g de queijo cremoso
Abra a folha de mussarela, passe sobre ela um pouco de queijo cremoso. Por cima do queijo ponha as folhas de rúcola, lavadas e enxugadas. Por cima da rúcola ponha uma camada Bresaola em fatias. Passe sobre a bresaola uma outra camada de queijo cremoso. Iniciando do lado mais longo, enrole a folha de mussarela recheada, e corte em fatias de cerca de 1,5cm. Sirva com salada.
P.S. Na foto do meu rocambole não se vê a rúcola dentro pois o meu filho menor não gosta. Como falei antes o recheio pode ser feito à gosto.
Bom apetite!
  

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Torta fria de damascos




Queria preparar uma torta para festa de final de ano do time de futebol do meu filho. Estava um dia muito quente e acender o forno não seria uma boa idéia. Em casa tinha vários damascos (deliciosos) que meu marido tinha comprado. Aproveitei para fazer esta torta muito refrescante e que não precisa ser assada no forno. Esta é uma torta muito versátil pois com a mesma receita é possível fazer outros sabores mudando o tipo de fruta. Pode ser feita com pêssegos, com morangos, ou outra fruta à gosto. Pode-se também usar damascos ou pêssegos em calda. 
A receita parece ser complicada mas garanto que é mais difícil de se e explicar do que fazê-la. 
Tenho certeza que vai ser um sucesso como foi a minha na festa. 


Ingredientes: 
   Para o fundo

  • 200 g de biscoitos secos  tipo Maria
  • 150g de manteiga derretida
  • 2 colheres de sopa de açúcar mascavo
   Para o creme

  •  6g de gelatina em folhas sem sabor
  • 4 colheres de sopa de leite
  • 200ml de creme de leite fresco ( para fazer chantilly)
  • 500g de iogurte sabor damasco (com ou sem pedaços de fruta)
   Para a cobertura:

  • 250ml de água
  • 500g de damascos 
  • 1 pacote de gelatina  em pó sem sabor
  • 3 colheres de sopa de açúcar
  • 3 colheres de sopa de geléia de damasco






Preparação:

Vamos começar a preparar o fundo da torta  fria.  Colocar os biscoitos em um robô  ou um processador de alimentos e triture-os finamente.  Derreta a manteiga em uma panela e una aos biscoitos moídosem uma tigela, juntamente com 2 colheres de sopa de açúcar mascavo.

Misture tudo muito bem. Revestir com tiras de papel vegetal o lado de  uma  assadeira redonda, e com abertura (com o fundo desmontável), do diâmetro de 22-23 cm, e, em seguida, verter a mistura de biscoitos e  manteiga,. Faça o fundo da torta nivelando os biscoitos  e pressionando-os. Colocar a assadeira  na geladeira durante pelo menos meia hora. 
Neste meio tempo  prepare o creme de iogurte.  Mergulhe as folhas de gelatina em aguá fria  pelo menos por 10 minutos.  Coloque 4 colheres de sopa de leite em uma panela e deixe ferver. Em seguida, retire a gelatina da água e esprema e e coloque no leite quente, mas  que já esteja  afastado do fogo, e derreta a gelatina.  Reserve.
Bata o creme de leite em ponto de Chantilly e coloque-o em uma tigela,  onde você adicionou o iogurte de damasco.  Misture os dois ingredientes e adicione a gelatina com leite já morno ( não deve ser quente, senão a vai derreter o chantilly).
Remover a assadeira da geladeira e derramar a mistura  de iogurte e chantilly. Em seguida por novamente a assadeira na geladeira  durante, pelo menos, duas horas. 
Meia hora antes do fim das duas horas, diluir o pacote de gelatina  em 250 ml de água fria e colocado  numa panela, em seguida, adicionar 3colheres de açúcar e 3 colheres geléia de damasco.
Ponha para ferver.  Quando a gelatina estiver bem diluída  filtre tudo com um coador.  Deixe esfriar. Enquanto isso lave, seque e corte os damascos.  Retire o molde da geladeira (certifique-se que o creme de iogurte esteja bem compacto) e comece a colocar  as fatias de damascos de forma harmoniosa em todo o perímetro do bolo, cobrindo toda a superfície para formar 2 círculos de fatias.  Uma vez coberto com fatias de damasco, regue com a geléia morna, tentando distribuí-la uniformemente e cobrindo  todos os espaços entre as frutas.  Colocar,novamente, na geladeira durante, pelo menos, duas horas.  Quando estiver tudo bem refrigerado, abra a assadeira e retire com cuidados as tiras laterais de papel vegetal. Pode ser servida  no  fundo da assadeira e colocada sobre um prato .
Sirva a torta  bem gelada.

Conselho:
Para preparar o creme da torta, você pode usar iogurte com damascos, com ou sem pedaços de frutas. Querendo fazer o creme mais rico, você pode adicionar seus próprios  cubos de damascos frescos.


Bom apetite!



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Talharim com nozes, creme de leite e "Speck"




Eu adoro  perder tempo na cozinha preparando doces mas, não tenho muita paciência com pratos salgados. Cada vez que procuro uma receita de macarronada tento sempre encontrar algo de saboroso mas que não leve muito tempo para ser preparado. Talvez porque os doces, geralmente, são preparados com antecedência. Pelo contrário os pratos salgados, quase sempre, são servidos quentes e muitas vezes é preciso prepará-los na hora de servir. Como gosto muito sentar na mesa com os convidados e ficar em companhia deles, ter que levantar à todo o momento para preparar a comida é uma coisa que tento evitar. Mas, como sabemos bem, Itália sem macarronada é como céu sem estrelas e, macarronada é boa se servida quente e feita na hora. 
Este é um dos pratos que adoro preparar quando tenho pouco tempo ou quero passar mais tempo com os convidados. 
O talharim com nozes e speck  é um prato fácil de se preparar e muito saboroso e é ótimo para ser  servido num dia frio e  acompanhado com um vinho tinto.  
O "Speck" è um tipo de "presunto cru", levemente fumado, tipico da região do Tirol Meridional, na Itália. Se for dificil encontrar o Speck substitua-o con presunto cru ou bacon. Mas garanto que vale a pena perder um pouco de tempo e procurá-lo, em casa de produtos típicos italianos, pois o seu sabor è insubstituível. Procure uma massa de boa qualidade e se possível italiana.

Ingredientes:  para cerca de 4 pessoas

  • 350g de talharim
  • 1 cebola pequena 
  • 50g de speck
  • 60g de nozes
  •  1 colher de manteiga
  • 2  colheres de vinho branco seco
  • 200g de creme de leite
Pique  a cebola finamente. Ponha a manteiga em uma frigideira  e derreta em fogo baixo, acrescente a cebola deixe dourar por um minuto e acrescente o speck picado em tiras fininhas ou triturado. Refogue por dois minutos em fogo baixo. Adicione o vinho branco e aumente o fogo e faça o vinho evaporar. Desligue  e acrescente as nozes moídas. Acrescente o creme de leite e mexa bem.
Em uma panela grande ferva a água , ponha pouco sal pois o speck já é salgado, e cozinhe o macarrão ao dente. Siga os minutos de cozimento  escrito na embalagem.  Pegue uma concha da água, aonde está  cozinhando o macarrão, e dilua o molho com ela.  Escorra a massa e tempere com o molho. Sirva imediatamente. 
 Bom apetite!







sábado, 7 de julho de 2012

Torta de trigo sarraceno





Quando chega a Primavera, e a temperatura melhora e as plantas  se enchem de flores, não existe  coisa melhor do que fazer um passeio e ficar a contacto com a natureza.
Em um destes, na  Primavera de 2011,  estivemos em "Piemonte"  bem perto do "Valle D'Aosta". 
Durante o almoço saboreamos queijos, frios, cogumelos, massas e pratos de carnes, típicos da região. No restaurante  que fomos tinha  uma Cantina muito bem fornecida e não pudemos deixar de saborear um ótimo vinho. Como sobremesa escolhemos uma torta de trigo sarraceno recheada com gelèia de "mirtilli rossi" (cranberries). Os cranberries, no Brasil, conhecidos como oxicocos, são frutos vermelhos típicos dos bosques.  O trigo sarraceno, ou trigo mourisco, pode ser encontrado em lojas de produtos naturais e macrobióticos ou lojas de produtos árabes. Além dos ingredientes citados, neste bolo, também vai nozes, avelãs e "pinoli". Os "pinoli" são as  sementes de um pinheiro tipico da região do Mediterrâneo com um sabor muito delicado e que dá aos  pratos um toque  inesquecível. Este bolo é característico pelo contraste entre o doce e rústico da massa e o azedo do recheio com  a gelèia que não deve ser excessivamente  doce. O recheio pode ser  substituído com outra geleia que tenha um sabor azedo.
Para quem quiser experimentar deixo aqui a receita:

Ingredientes:

  • 100g de farinha de trigo
  • 100g de farinha de trigo sarraceno
  • 50g de maizena
  • 150 de nozes, avelãs e "pinoli" ( de preferencia em partes iguais) 50g de cada
  • 6 ovos
  • 200g de açúcar 
  • 100g de manteiga
  • 1 dose de fermento em pó
  • 200g de gelèia de "cranberries"
  • açúcar de confeiteiro para polvilhar
Forre com papel vegetal ou unte uma forma de bolo de cerca de 26 cm de diâmetro. 
Triture as nozes, as avelãs e os "pinoli". 
Bata as claras em neve.
Bata a manteiga com o açúcar até ficar bem cremoso. Acrescente, sempre batendo, as gemas uma de cada  vez, até obter um creme bem macio.
Misture as farinhas e o fermento e peneire. Acrescente devagar ao composto  e misture delicadamente sem bater. Acrescente as frutas secas trituradas e misture. Por último  adicione as claras batidas em neve. Continue a misturar com movimentos delicados. 
Despeje a mistura na forma e asse, em forno prè-aquecido a 170°C, por cerca 40 a 50 minutos. Antes de tirar do forno faça a prova do palito.
Quando o bolo esfriar corte horizontalmente formando dois disco e recheie com a gelèia. Recomponha as duas partes e polvilhe com açúcar de confeiteiro.
Se preferir pode-se assar o bolo em uma forma de 24cm de diâmetro e cortar o bolo em três discos havendo assim duas camadas de recheio.
Ótimo se servido com creme de Chantilly.
Bom apetite!









segunda-feira, 2 de julho de 2012

Pissaladière

  


         A Pissaladière è uma pizza muito usada do sul da França, em volta de Nice,  Marselha e  Toullon.
 Na Itália se encontra na região da Ligúria ,  mais precisamente no distrito da Impéria que fica na fronteira com o sul da França.  Para recheá-la ao invés de  usar queijos e molho de  tomates se usa um refogado de cebola e alho.  Se acrescenta também azeitonas,  alcaparras e  anchovas. Este prato é muito saboroso e pode ser preparado como  variação da  pizza.  Quando preparo pizzas  preparo também uma Pissaladière. E é uma ótima solução,  em um jantar,  se algum dos convidados for intolerante à lactose. 
      Esta receita parece ser complicada mas, na realidade, é muito simples. A parte mais longa é a da preparação da massa. Mas quem quiser agilizar pode usar uma massa  pronta de pizza.

Ingredientes:

     Para a massa:
  • 20 g de fermento para pão
  • 220g de água morna
  • 1 colher de chá de açúcar
  • 400g de farina de trigo
  • 30 g de azeite
  • 1 colher de chá de sal
  
    Para o recheio:
  • 700 g de cebola
  • 1 dente de alho
  • tomilho
  • salsinha
  • louro 2 folhas
  • anchovas em sal ou em óleo
  • alcaparras
  • azeitonas pretas sem caroço
  • azeite de oliva
  • sal a gosto
  • pimenta a gosto
       
      Preparação da massa:

               Dissolver o fermento  e o açúcar na água. Em uma mesa ou em uma tigela grande ponha a farinha com o sal e faça um buraco no meio. Despeje um pouco da solução de água com o fermento e vá misturando e acrescentando um pouco do azeite e da água até se desgrudar das mãos e da mesa. A massa varia muito dependendo do tipo de farinha e do clima ( mais úmido ou mais seco).Se  a massa ficar  mais molinha e não desgrudar acrescente um pouco de farinha. Se ela ficar muito dura e não der para sovar bem acrescente um pouco de água morna. Deixe a massa crescer, até dobrar de volume (cerca de 2 horas),  dentro da tigela  enfarinhada  e coberta com um pano de prato ou então na mesa  enfarinhada e coberta com a tigela.


        Preparação do recheio:
           Descasque as cebolas e corte em rodelas finas. Ponha tudo dentro de uma caçarola  e acrescente 3 colheres de sopa da azeite de oliva, e colheres de sopa de aguá, o alho amassado. Coloque também o tomilho, o louro e salsinha amarrados juntos. Cozinhe em fogo baixo por cerca de 30 minutos até que as cebolas fiquem bem macias.  Preste atenção para que a cebola não queime e pegue um gosto ruim. Tire as ervas. Ajuste com sal e pimenta  a gosto.
          Tire o sal das anchovas e das alcaparras em baixo da água corrente. Se as anchovas não estiverem já abertas e sem espinhas, abra-as e tire as espinhas e deixe enxugar no papel absorvente. 



       Preparação da Pissaladière:
         Unte uma assadeira com azeite  ou  forre com papel vegetal.  Abra a massa com as mãos ponha na assadeira. Distribua sobra a massa as cebolas refogadas. Em cima delas ponha os filés de anchovas,  em fila cruzadas, formando uma grade. Em cada  espaço vazio da grade ponha alternadamente uma azeitona e uma alcaparra.  Regar com um pouco de azeite de oliva e levar ao forno quente a 230°C por cerca de 20 minutos ou até dourar . Servir morno.
Bom apetite!



sábado, 30 de junho de 2012

Pimentões agridoce



Este modo de cozinhar os pimentões é o meu preferido. O sabor dos pimentões e o contraste do doce e azedo deixa este prato muito saboroso.  A simplicidade da receita é o ponto forte.
Então vamos lá.

Ingredientes:
  • 2 dentes de alho
  • 4 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 700 g de pimentões (amarelos, vermelhos e verdes) lavados e sem sementes
  • 2 colheres de chá de sal
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • 4 colheres de sopa de vinagre balsâmico
  • 4 colheres de sopa de vinho branco 
     Em uma caçarola ponha os dentes de alhos (em pedacinhos ou amassados) com o azeite. Esquente e faça dar sabor ao azeite sem deixar queimar o alho. Acrescente os pimentões cortados em pedaços, o sal, o açúcar, o vinagre balsâmico,  o vinho e misture. Cozinhe, por cerca de 20 minutos, em fogo baixo e abafe com uma tampa. De vez em quando mexa e controle o cozimento. Se preferir os pimentões mais crocantes desligue antes ou se preferir mais macios deixe cozinhar mais um pouco. O vinagre balsâmico pode ser substituído com vinagre de vinho tinto na medida de 2 colheres de sopa de vinagre e aumentando o açúcar para 3 ou 4 colheres de sopa. Este prato é ótimo para acompanhar carnes assadas ou na brasa. Outro modo de saboreá-lo é sobre uma fatia de pão . Fica, também, muito delicioso acompahnado com uma Omelete com abobrinhas
Bom apetite!